quarta-feira, 4 de agosto de 2010


Hoje eu sai, andei nas multidões com a esperança de encontrar você. Eu me arrumei, me fiz algo que eu não sou, e sai. Andei pelas ruas da cidade, empolgada não sei com o que, feliz não sei por que. Horas se passavam e meu sorriso a cada hora se desfazia mais, você não viria. Você nunca vem, você nunca estara aqui. Como eu fui tola, boba. Boba de acreditar que dessa vez, você iria vir. Vir, me abraçar, olhar nos meus olhos e dizer que nunca me esqueceu, que sempre me amou e sempre irá me amar. De repente me veio um choque, aquele bendito choque de realidade. É sempre a mesme cena: lágrimas descendo como se fossem uma espécie de líquido ardente, uma dor tremenda dentro de mim, um frio incontrolável me fazendo tremer toda junto com um corpo febril, que de se encostar, se queima. Você me deixa assim, você me faz sentir algo que eu não sei o que é, me faz sentir emoções estranhas, dores, tristeza, temperaturas diferentes a cada segundo. Amor? Obsessão? Eu realmente não sei. Porém eu desejo que passe logo, quero que toda essa confusão no meu organismo ao ouvir seu nome, ouvir sua voz, ver seu rosto, passem. Eu não aguento mais te procurar e não te achar, saber que você está em algum lugar, mas não é aqui. Eu quero poder ouvir seu nome e não sentir meu coração indo ao máximo. Ouvir sua voz e não sentir uma tontura, que me faça desequilibrar. Ver seu rosto e não sentir aquela mistura de temperatura e uma vontade enorme de correr e te beijar. Eu queria, na verdade, você pra mim. Porém, nem sempre temos o que queremos, e eu não te tenho, por mais que doa, essa é a realidade. Eu preciso me conformar, eu preciso dizer a mim mesma que você não está aqui e nunca esteve. Por mais que eu pense que você um dia já foi meu, não foi, eu sempre estive sozinha. Eu me apaixonei sozinha, eu sofro sozinha, eu estou sozinha.

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